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Perto de 200 milhões de mulheres e meninas sofrem com mutilação genital feminina

06/02/2018

Pelo menos 200 milhões de mulheres e meninas foram submetidas à mutilação genital feminina, uma prática comum em vários países. O número foi avançado hoje pela ONU, neste Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.

O procedimento envolve cortes na genitália sem que haja razão médica para tal e é reconhecido internacionalmente como uma violação de direitos humanos.

A enviada da ONU para a Juventude está na Gâmbia, onde falou no Fórum Internacional sobre Mutilação Genital Feminina. Jayathma Wickramanayake pediu a implementação eficaz de leis que garantam que a prática seja abandonada. Na Gâmbia, 56% das vítimas têm 14 anos ou menos.

Na Indonésia, cerca de metade das meninas de 11 anos ou até mais novas foram sujeitas à mutilação genital.

As Nações Unidas lembram que as vítimas têm vários direitos violados, como o direito à saúde, à integridade física e o direito de estar livre de tortura e tratamentos cruéis ou desumanos. A mutilação genital pode até causar a morte. Promover o fim da prática depende do diálogo com as comunidades, focando nos direitos humanos e na igualdade de género.

Duas agências da ONU lideram o maior programa global para o abandono da mutilação genital feminina. Juntos, o Fundo de População da ONU, Unfpa, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, trabalham em 17 países africanos para garantir que mulheres e meninas não sofram mais com o procedimento.

Com a assinatura dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, os países firmaram o compromisso de erradicar o procedimento até 2030. Essa meta faz parte do ODS 5, sobre igualdade de género, e envolve também o fim do casamento infantil.

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Autoria:EXPRESSO DAS ILHAS, ONU NEWS,6 fev 2018 7:53

Editado porNUNO ANDRADE FERREIRA  em  6 fev 2018 7:53


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