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CONASCON participa de reunião mundial do setor de Serviços à Propriedade em Frankfurt na Alemanha e discute efeitos do assédio moral e sexual no mundo do Trabalho

01/11/2018

Durante a reunião do comitê mundial de serviços a propriedade (limpeza e segurança) da UNI Global Union, realizada entre os dias 30 e 31 de outubro na cidade de Frankfurt na Alemanha, Joyce Ribeiro Pereira, assessora da Secretaria da Mulher da UGT- União Geral dos Trabalhadores, apresentou os índices de violência doméstica, assédio moral e sexual no mundo do trabalho, seus efeitos no mercado de trabalho brasileiro e ações da UGT sobre os temas.

 

De acordo com a pesquisa da BBC - Research que em 2017  entrevistou 4.975 pessoas, cerca de 52% dos entrevistados disseram já ter sido assediado(a) moralmente ou sexualmente e 34% disseram que já presenciaram situações de assédio. Dentre os principais efeitos dessa prática estão o absenteísmo, distúrbios psicológicos  e acidentes de trabalho.

 

Os números sobre violência doméstica são ainda mais alarmantes. De acordo com os dados apresentados, a cada 4 minutos uma mulher sofre violência no Brasil. Para Joyce Ribeiro os efeitos são muito parecidos com os apresentados pela BBC sobre assédio moral e sexual, mas a violência doméstica vitimiza mais mulheres e principalmente mulheres de baixa renda.

 

A UGT e entidades filiadas como a CONASCON - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes e o SIEMACO-SP - Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo vem realizando importantes trabalhos de conscientização sobre os reflexos desses males, não só ao mercado de trabalho, como para as famílias e toda a sociedade. São manifestações, passeatas, palestras, júris simulados, apoio psicológico entre outras ações.

 

Para Moacyr Pereira, que é presidente da CONASCON e Secretário de Finanças da UGT, os sindicatos precisam atuar cada vez mais em todas as esferas da vida do trabalhador. Temos que enxergar todos os aspectos que interfiram na saúde física e mental dos trabalhadores, pois isso está diretamente ligado com as suas condições de produtividade e empregabilidade.

 

NOVO CENÁRIO POLÍTICO NO BRASIL FOI AMPLAMENTE DEBATIDO

 

Participaram da reunião cerca de 80 representantes sindicais de 17 países. Representaram o Brasil Moacyr Pereira (CONASCON), Ricardo Patah (UGT), Joyce Ribeiro Pereira (SIEMACO/SP) e Roberto Nolasco (Instituto UGT). Dentre os assuntos mais discutidos estavam as desigualdades, violências e preocupações com a ascensão dos governos de direita. Sobre o tema Ricardo Patah, presidente da UGT falou da preocupação do movimento sindical com a recente eleição de Jair Messias Bolsonaro, eleito com apoio de um forte discurso de ódio. “São mais de 13 milhões de desempregados no país que está passando por um desmonte na legislação trabalhista e constante ataque ao movimento sindical. A solidariedade sindical mundial será fundamental na construção de estratégias de enfrentamento”. Afirmou Patah.

 

 

Antes, os dirigentes da UGT tiveram uma reunião com Marc Leemans e Annick de Ruyver, da CSC (Central Sindical Cristã) da Bélgica, para discutir o fortalecimento da Central internacionalmente diante da atual conjuntura e do novo governo, o Fundo Social e a cooperação entre as duas entidades.

 

 

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