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Sem receber rescisões há 7 meses, trabalhadores protestam contra empresa no Acre.

24/06/2020

Sindicato diz que vai acionar a empresa na Justiça. Mais de 100 funcionários não teriam recebido as multas rescisórias.

Um grupo de trabalhadores demitidos da empresa Pit Stop Terceirizações, em Rio Branco, se reuniu em frente à sede da empresa, no bairro Xavier Maia, nesta terça-feira (23), reivindicando o pagamento de multas rescisórias que deviam ter sido pagas ainda em novembro.

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) diz que 100 trabalhadores foram demitidos da empresa há sete meses e não receberam o pagamento. Uma comissão foi montada e o sindicato diz que deve entrar com um processo contra a empresa. Alesta Costa, representante do Sintesac, disse que a empresa vem postergando o pagamento desses trabalhadores.

“Demitiu e vem enganando esses pais de família que trabalharam nas unidades básicas de saúde e não receberam suas indenizações, uma empresa que continua prestando serviço para o estado e município e continua enganando esses servidores. São mais de 100 pais e mães de família que correram o risco de serem contaminados. Nossos advogados estão assessorando. Essa empresa não é séria”, diz.

Eloísa Silva, uma das demitidas da empresa, diz que foi obrigada a assinar o exame demissional e alega ainda ter contraído uma doença enquanto trabalhava na limpeza das unidades de saúde.

“Eu trabalha nos serviços gerais em uma unidade de saúde da Sobral, depois me levaram para outras unidades tirando férias dos colegas. Quando chegou o final do contrato, a gente saiu e está sem receber até hoje. Fui obrigada assinar a carta, do exame demissional, porque já estava doente. Os remédios só agora são R$ 90 da contaminação, o diagnóstico é uma doença só na pele, meus pés perderam todo o tato, fiquei sem andar por dois meses. Quero meus direitos para comprar pelo menos meus remédios”, alega.

O G1 tentou por diversas vezes contato com a empresa nos números disponíveis. Por um telefone, um funcionário atendeu, informou que era do depósito e que o dono estava pra fazenda. A responsável não retornou as ligações até esta publicação.

Colaborou Luízio Oliveira, da Rede Amazônica Acre.

 

Por G1 AC — Rio Branco

23/06/2020 13h15  Atualizado há um dia

Foto: Luízio Oliveira/Rede Amazônica


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