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NA BASE: Trabalhadores que fazem limpeza do aeroporto de cobram 2 meses de salários atrasados

26/06/2017

 

Infraero ficou de se pronunciar sobre o assunto. Funcionários terceirizados realizaram um protesto no estacionamento do aeroporto nesta sexta-feira (26).

Cerca de 50 trabalhadores da empresa terceirizada que presta serviço de limpeza no aeroporto internacional de Macapá cruzaram os braços nesta segunda-feira (26), alegando dois meses de salários atrasados. Com cartazes, eles protestaram no estacionamento do aeroporto Alberto Alcolumbre.

A Executiva Empreendimentos confirmou, por telefone, que o atraso ocorreu devido a falta de repasse da Infraero, que teria alegado conflitos burocráticos. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária ficou de se pronunciar oficialmente sobre o assunto.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação do Amapá (STACAP), Júnior Leitão, de 36 anos, a greve é por tempo indeterminado. Para ele, o prejudicado entre a briga da Infraero e a empresa terceirizada é o trabalhador.

"Aqui é pai e mãe de família, não estamos pedindo nada, só que paguem o que já trabalhamos. Nesse momento eles estão há quase três meses com salários atrasados. A Infraero falava que tinha repassado o dinheiro para a empresa, já a empresa dizia que não tinha recebido. Nessa situação, o trabalhador fica sem receber. Foi decretado greve por tempo indeterminado", disse.

Funcionária Areonilde dos Santos, de 39 anos, diz que está passando por dificuldades (Foto: Jorge Abreu/G1) Funcionária Areonilde dos Santos, de 39 anos, diz que está passando por dificuldades (Foto: Jorge Abreu/G1)

Funcionária Areonilde dos Santos, de 39 anos, diz que está passando por dificuldades (Foto: Jorge Abreu/G1)

A funcionária Areonilde dos Santos, de 39 anos, é mãe de cinco filhos e conta que é a única que trabalha na casa onde mora com sete pessoas no bairro Cidade Nova 1, na Zona Leste da capital. Sem receber, a mulher destaca que recebe ajuda de amigos e familiares para manter a família.

 

"Estamos passando por uma situação muito difícil. A Infraero e a Executiva não dão uma posição. Uma joga a culpa na outra. Não temos dinheiro para nada, nem para pegar o ônibus. Não sabemos para quem recorrer. Estamos deixando os filhos sem nada em casa, dependendo da ajuda dos parentes e emprestando dinheiro dos outros", disse.

 

Por Jorge Abreu, G1 AP, Macapá

26/06/2017 16h53  Atualizado há 1 hora

(Foto: Jorge Abreu/G1)


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